Um dos pontos turísticos mais procurados no Rio de Janeiro terá mais uma atração para os visitantes a partir desta sexta-feira (26). A Escola de Artes Visuais do Parque Lage recebe a Mostra Parque, que será montada no palacete da EVC, em estilo eclético dos anos 1920. A entrada é gratuita.
A mostra reúne textos e trabalhos de linguagens artísticas variadas, de caráter informativo, plástico e conceitual, sobre o local tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), como Patrimônio Histórico e Cultural da cidade do Rio de Janeiro.
Com curadoria de Ulisses Carrilho, a mostra vai narrar a história do território sob perspectivas documentais, arquitetônicas, artísticas e até amorosas. Documentos históricos e proposições contemporâneas inspiram novas interpretações e caminhos pelo palacete da década de 1920.
De acordo com a diretora da EVC, Yole Mendonça, desde julho de 2020 o Parque Lage vem experimentando um expressivo crescimento no
número de visitantes, e acredita que espaço aberto, vinculado aos procedimentos de segurança estabelecidos para o combate à pandemia, fortaleceram na visão do visitante a imagem de um ambiente bonito e seguro.
"Estamos atentos a esse crescimento, queremos enriquecer a visitação proporcionando ao público a oportunidade de saber mais sobre o palacete e sua história. Queremos que o visitante compartilhe do valor artístico e histórico desse importante espaço e saiba, inclusive, que dele pode participar ainda mais por meio de nossos cursos de artes”, afirma.
A pergunta “afinal, onde estamos?” move o projeto curatorial que se propõe a traduzir espacialmente a história deste território.
“Tanto o título como o argumento desta mostra partem das notas de elaboração do projeto didático cultural do crítico Frederico Morais, que dirigiu a EAV nos anos 1980. Temos interesse em criar pontos de conexão entre a história da intelectualidade e a história da burguesia como forma de apresentar uma perspectiva crítica sobre o Brasil”, comenta
Carrilho.
Gravações originais da cantora lírica italiana Gabriella Besanzoni, primeira moradora do palacete, obras de ex-alunos da EAV, obras que integram edições passadas da Coleção EAV e uma projeção em grande escala da videoinstalação (Still) Brazil de Daniel Jablonski, um trabalho de edição dos filmes “Terra em Transe” (1967), de Glauber Rocha; “Macunaíma” (1969), de Joaquim Pedro de Andrade; e “Os mercenários” (2010), de Sylvester Stallone, todos filmados no casarão do Parque Lage poderão ser visitados.
Nesta sexta o Parque também passa a adotar o pré-agendamento online opcional, como forma de organizar o acesso e evitar aglomeração no local, devido a pandemia do novo coronavírus.
A reserva prévia de ingressos pode ser realizada no site Sympla, com reservas disponíveis de 30 em 30 minutos. De acordo com a direção da EAV, a partir do dia 26 de março o agendamento passará a ser obrigatório.
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